segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Relação com os pais influencia vida amorosa

A forma como as pessoas reagem a um desentendimento com o parceiro amoroso está intimamente ligada aos relacionamentos estabelecidos com pai e mãe – ou com os principais cuidadores – durante a infância. É o que concluiu uma nova pesquisa norte-americana. Os resultados são fruto de um estudo da Universidade de Minnesota iniciado no meio dos anos 70.

A doutoranda Jessica Salvatore e uma equipe de pesquisadores da Universidade publicaram suas observações na atual edição da "Psychological Science". Cada participante do estudo, ao completar 20 anos, era solicitado a estimular uma discussão com seu parceiro ou parceira, introduzindo um assunto sobre o qual o casal discordasse.

A discussão deveria ser seguida pela introdução de um assunto no qual os parceiros concordassem. A tática era usada como um recurso para acalmar a briga e tinha o objetivo de servir como um período de transição, possibilitando a saída do conflito anterior.

Salvatore e seus colegas observaram que nem sempre a tática foi capaz de resolver o conflito recém-provocado. Em alguns casos, os parceiros superaram a briga facilmente. Em outros, um ou ambos se mostraram incapazes de deixar a discordância para trás.

Ao observar o histórico dos envolvidos, os pesquisadores encontraram uma ligação entre as características de suas primeiras relações com os cuidadores – pai, mãe ou outra pessoa – e a habilidade de superar conflitos.

Aqueles com um relacionamento mais "seguro" com os pais apresentaram menos problemas ao resolver conflitos no presente. Em outras palavras, pais que lidaram melhor com as emoções negativas de seus filhos deram a eles melhores capacidades de lidar com emoções negativas quando adultos.

No entanto, aqueles que tiveram uma infância longe do ideal não estão necessariamente condenados a viver um presente de disputas. A sugestão dos pesquisadores: procure alguém que seja capaz de superar conflitos mais facilmente. "Quando uma pessoa de infância marcada pela insegurança se junta a outra mais capaz de superar conflitos, o relacionamento tende a dar certo", observou Salvatore. "Se uma pessoa é capaz de liderar o processo de recuperação pós-conflito, acaba levando a outra – e o relacionamento".

"Para nós, isto foi a descoberta mais animadora", acrescentou. "Pessoas que aparecem mais tarde na sua vida podem ser importantes o suficiente para mudar as consequências de acontecimentos muito anteriores".
 
Fonte: IG


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